terça-feira, 14 de dezembro de 2010

apostila de figuras de construção

Figuras de Construção

1) Compare as duas maneiras de construir esta frase:

{Os homens pararam, o medo no coração}.
Os homens pararam, com medo no coração.
Nota-se que a primeira construção é mais concisa, mais curta, mais
elegante. Desvia-se da norma estritamente gramatical para atingir um fim
expressivo ou estílistico.
A essas cons truções que se afastam das estruturas regulares ou comum,
visam transmitir à frase mais concisam, exprecibvidade ou elegância,
dá-se onem de figuras de construção ou de sintaxe.

2) São as mais importantes
Primeira Elipse -- É a omixxão de um termo ou oração que facilmente
podemos comprieder no contexto. É uma espécie de economia de plavras.
São comuns as elipses dos pronomes, sujeitos, dos verbos e de palavras
de ligação. (Preposições e conjun‡ões).
Exemplos: a) João estava com pressa. Preferiu não entrar. (Elipse do
sujeito ele na segunda oração).
b) As mãos eram pequenas e os dedos delicados. (Elipse do verbo eram:
{os dedos eram delicados}).
Observação: A ocultação do verbo é chamada de pór alguns autores de
Zeugma.
A Elipse das conjunções e das preposições dão à frase: concisão,
leveza e desenvoltura.
Exemplos: a) E espero tenha sido a última vez. (igual que tenha sido a
última vez).
b) Veio sem pintura, um vestido leve, sandálias coloridas. (igual com
um vestido leve, com sandálias coloridas).
Pode ocorrer a elipse total ou parcial de uma oração.
Exemplos: a) Perguntei-lhe quando voltava. Ele disse que não sabia.
(igual ele disse que não sabia quando voltava).
b) Eu já tinha visto aquela moça, mas não sabia onde. (igual mas não
sabia onde a tinha visto).
Observação: Podem ser consideradas elipses as frases nominais,
organizadas sem verbo.
Exemplos: a) Bom rapa, o Paulo, cheio de atenções com todos.
b) Céu claro, ondas mansas, brisa leve.

Segunda -- Pleonasmo -- É o emprego de palavras redutantes,
repetidas, com o fim de reforçar ou enfatizar a expressão.
exemplos: a) Foi o que vi com meus próprios olhos.
b) Sorriu para Olívia um sorriso cheio de ternura.
c) A mim resta-me o consolo das lágrimas.
Observação: O pleonasmo como figura de linguagem, visa a um efeito
expressivo e deve obedecer ao bom gosto. São condenáveis, pleonasmos
como:
Descer para baixo
Entrar para dentro
Subir para cima
Ilha fluvial do Rio Araguaia
a monocultura exclusiva de uma planta, etcétera.

Terceira -- Polissíndeto -- É a repetição intencional do conectivo
coordenativo (geralmente a conjunção e). E eficaz para sugerir
movimentos contínuos ou séries de ações que se sucedem rapidamente.
Exemplos: a) Ela chega e dança, e canta, e ri, e conquista a todos
quantos a conhecem.
b) Mão gentil, mas cruel, traçoeira.

Quarta -- Inversão -- Consiste em alterar a ordem normal dos sermos
ou orações com o fim de dar a eles destaque especial.
Exemplos: a) Passarinhos, desisti de os ter.
b) Por que brigavam no meu interior esses dois sentimentos, não sei.
Observação: O termo que desejamos realçar é colocado em geral, no
início da frase.

Quinta -- Anacoluto -- É a quebra ou interrução do sentido da frase,
ficando os termos sintaticamente desligados do resto do período, sem
qualquer função.
Exemplos: Eu, não me importa a desonra do mundo.
b) Essas criadas de hoje, não se pode confiar nelas.

Sexta -- Silepse -- Ocorre esta figura quando efetuamos a
concordância, não com os termos expressos, mas com a idéia a eles
associada em nossa mente.

1) Silepse de Gênero
Exemplos: a) Vossa Majestade será informado de tudo.
b) A gente quando é novo, gosta de fazer bonito.

2) Silepse de Número
Exemplos: a) Corria gente de todos os lados e gritavam
desesperadamente.
b) O casal de pombos arrulhava. Depois espadanaram, ruflaram, voaram e
foram embora.

3) Silepse de Pessoa
Exemplos: a) Ele e eu temos mesma opinião. (Ele e eu igual nós)
b) Aliás, todos os sertanejos somos assim.
c) Ficamos por aqui, insatisfeitos, os seus amigos.

Sétima -- Onomatopéia -- Consiste no aproveitamento de palavras cuja
pronúncia imita o som ou a voz natural dos seres. É um recurso fonêmico
ou melódico que a língua oferece ao escritor.
Exemplos: a) {Pedro, sem mais palavras, deu rédeas e, lept! lept!
Arrancou estrada afora}.
b) O longo vestido de seda frufrulhava no alto da escada.
c) Piuí! piuí! piuí! de longe, já saudosos, ouvíamos o trem levar
nosso amigo para o Rio de Janeiro.

Oitava -- Repetição -- Consiste em reiterar (repetir) palavras ou
orações para intensificar ou enfatizar a firmação ou sugerir
insistência, protressão.
Exemplos: a) {Tudo, tudo parado: parado e morto}.
b) {O ronco das águas crescia, crescia vinha pra dentro da canoa}.

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