pois aqui, podemos ver que os cegos não são os coitadinhos que todos
pensam. Que não ficamos por aí pedindo esmolas e reclamando da vida.
Parabéns e pessoas como você que me fazem crer que não sou maluco.
Abraços Filippe
Jiu-Jitsu para quebrar qualquer barreira
Jiu-Jitsu para quebrar qualquer barreira
por Carlos Eduardo Ozório - 9 de setembro de 2010.More
Giba aplica o triângulo. Foto arquivo pessoalO Jiu-Jitsu mostra que é
possível amenizar e reverter situações complicadas, seja nos dojôs ou na
vida. Uma das grandes lições nos tatames é que, independentemente do
obstáculo, há formas de ele ser superado. Lembremos de Helio Gracie, por
exemplo, que com a arte suave venceu os problemas de saúde, quando
criança,
e adaptou o jogo de modo a superar oponentes muito mais pesados e fortes.
Helio, em seu tempo, revolucionou definitivamente as técnicas de luta e
pôs
abaixo conceitos até então sólidos.
A palavra é "adaptação". As milhares - quase infinitas - possibilidades
que
o Jiu-Jitsu bem aprendido proporciona são adaptadas da melhor maneira para
cada indivíduo, sem importar o peso, a força, a idade, o sexo. É assim
também para Gilberto Moyano, o Giba, faixa-preta de Marcos Barbosinha e
Mario Dias.
Antes, vamos recapitular em março deste ano GRACIEMAG.com publicou
matéria
com Russell Redenbaugh (ver aqui). Cego e sem alguns dos dedos, Redenbaugh
recebeu a faixa-preta aos 65 anos de idade. Empolgados, não titubeamos em
notícia-lo como o primeiro deficiente desse tipo a alcançar a graduação
máxima.
Agora Giba vai de armlock. Foto arquivo pessoal.
Não demorou para a redação
receber diversas mensagens pedindo a reparação do erro. O brasileiro Giba
Moyano, 100% cego graças a uma catarata congênita, já era faixa-preta
antes
disso, e sua história também merece ser contada. Hoje com 28 anos, 14
deles
dedicados à arte suave, Giba foi graduado em 27 de julho de 2008. Mas o
Jiu-Jitsu mudou sua vida, definitivamente, ainda na faixa-branca.
"Era adolescente, com 13 anos, e estava perdido. É uma fase em que,
naturalmente, sentimos muita insegurança e isso se agravava muito mais por
eu não enxergar. Em seis meses, já sentia uma diferença danada. O
Jiu-Jitsu
me deu a estrutura psicológica para enfrentar muitos outros desafios na
vida", conta Giba ao GRACIEMAG.com.
Os avanços com a luta foram muitos. Além de já ter participado de algumas
competições, Giba hoje tem o Jiu-Jitsu como profissão, uma oportunidade de
trabalho.
"Ensino desde 2004 numa academia na Praia Grande, no litoral de São Paulo.
Entre tantos avanços valiosos, o Jiu-Jitsu também me deu a oportunidade de
trabalhar. Há dez anos, jamais poderia me imaginar fazendo isso", diz.
O único lamento de Giba é o fato de poucas pessoas com deficiência
procurarem avanços através da luta.
"Adoraria fazer um trabalho desse tipo, mas não há uma procura grande."
Se Giba é ou não o primeiro faixa-preta cego no Jiu-Jitsu, na verdade,
isso
é o que menos importa. A grande lição é que para a dificuldade ser grande
ou
pequena depende, em parte, de nós mesmos e da ação que tomaremos para
revertê-La. E lembre-se sempre desse grande amigo o Jiu-Jitsu será seu
aliado em todos os momentos!
retirada do site
http//www.graciemag.com/pt/2010/09/o-jiu-jitsu-quebra-qualquer-barreira/
Beijinhos Filippe
Nenhum comentário:
Postar um comentário